Nordeste de Goiás é o pior lugar para os jovens. São Domingos teve o pior desempenho


O nordeste de Goiás é o pior lugar para os jovens viverem em Goiás. São Domingos  foi considerada a cidade com o pior índice de vulnerabilidade Juvenil (IVJ). 

Quem também não fica atrás é Monte Alegre de Goiás, Iaciara, Guarani de Goiás, Flores de Goiás, Teresina de Goiás. (veja o quadro acima)
Caçu e Goiânia são das duas melhores cidades, segundo o índice. 

A Região Sul de Goiás concentra cinco dos dez municípios com melhor Índice de Vulnerabilidade Juvenil (IVJ). Já as regiões Leste e Norte têm sete das dez piores cidades para pessoas entre 12 e 29 anos. 

O indicador foi desenvolvido pelo Instituto Mauro Borges (IMB) a pedido da Superintendência da Juventude da Secretaria de Estado de Articulação Institucional e mede sete subindicadores: incidência de gravidez na adolescência, renda, nível de instrução, frequência escolar, inserção precária no mercado de trabalho, atividade de estudo e/ou trabalho e vítimas da violência.

Caçu é o município onde os jovens são menos vulneráveis, de acordo com o estudo. A pesquisadora Juliana Dias Lopes, que participou da elaboração, afirma que o fator economia foi o principal responsável pela colocação. 

A localidade abriga usina de cana-de-açucar, o que infla os números de emprego e renda entre os jovens. Também é a renda que eleva a capital à segunda posição no ranking dos dez melhores colocados no IVJ.

Por outro lado, Pirenópolis, um dos principais destinos turísticos de Goiás, tem o décimo pior índice entre os 246 municípios do Estado. 

E é justamente por ser um polo atrativo de pessoas que a cidade está tão mal. “Isso acontece por causa da violência. Quando acontece acidente, por exemplo, o registro é feito lá”, explica Juliana Lopes. 

São Domingos, no Norte, tem o pior IVJ – por ter as piores renda (R$ 257) e formação escolar para jovens – de Goiás.

O índice foi construído com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e registros de violência feitos pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO). 

Todos os números são de 2010. Os autores do estudo alertam para “a dificuldade de obtenção de dados relativos à violência”. 

O subdimensionamento ocorre porque nem sempre um ato criminoso – como furto ou lesão corporal – é registrado.
ANTERIORES
O gerente de Estudos Socioeconômicos e Especiais do IMB, Marcos Fernando Arriel, afirma que estudos anteriores elaborados pelo órgão e por outras entidades já apontavam o rumo. 

Caçu, por exemplo, é destaque em desenvolvimento humano e econômico. “A renda e a formação da mão de obra são significativas. Quase todos os índices de lá têm melhor desempenho que outros e praticamente não há violência”, afirma o pesquisador.

O superintendente da Juventude da Secretaria de Estado de Articulação Institucional de Goiás, Leonardo Felipe, afirma que o estudo será utilizado no desenvolvimento e aperfeiçoamento de políticas públicas para os jovens goianos.

Jovens em Caçu destacam emprego e dedicação

Fernando Ferreira de Castro mal atingiu a maioridade e já definiu os próximos passos do seu destino. Morador de Caçu, município apontado como o de menor índice de vulnerabilidade juvenil pela pesquisa do Instituto Mauro Borges, ele trabalha durante o dia como gerente de uma empresa de produtos agropecuários localizada na cidade. 

À noite, faz o curso de Geografia no campus da Universidade Federal de Goiás (UFG) de Jataí. “Pretendo me formar, ser professor, fazer mestrado na área e ajudar minha família”, pontua. Para alcançar seu sonho, percorre, todos os dias, de ônibus, cerca de 250 quilômetros para ir e voltar de Jataí. Fernando é empregado há mais de um ano na empresa de produtos agropecuários.

A dedicação ao trabalho também faz parte do cotidiano de Jéssica Luíza Sousa Nunes, de 17 anos. Há cerca de um ano e meio ela exerce a função de atendente de caixa em um estabelecimento comercial de Caçu, onde mora. 

A jovem concluiu o Ensino Médio neste ano, em uma escola da rede pública da cidade e tem convicção de que quer fazer o curso de Psicologia em uma unidade da UFG localizada sem Mineiros ou em Jataí. “Quero me formar e poder dar a minha contribuição à sociedade.”

Fonte: Jornal O Popular


A Culpa é dos “Outros”


Por Davillas Chaves,


São Domingos, a cidade que está dando errado por conta dos “outros”, sempre dos Outros.

Após a publicação dessa matéria no jornal sobre a falta de oportunidades que os jovens dominicanos vivenciam, fiquei alarmado com a falta de oportunidade existente ali. 



Depois parei para pensar e percebi que a grande maioria dos meus amigos de infância, assim como eu, não vive mais ali. 


O pior é ter consciência que no fundo eu já sabia dessa situação e que se continuasse em São Domingos, a minha vida não teria tantas oportunidades como as que tive ao abandonar o “barco” chamado São Domingos.

Noto que tem muita gente interessada em manter o problema local. Não sei se por interesse econômico ou político, mas ninguém quer assumir que os erros administrativos colocaram São Domingos nessa calamidade. 



Os partidários do 15 (hoje 12) colocam a culpa nos 16 anos de governo do Marconi/aliados. Já os partidário do 45, não cansam de acusar os anos de administração da oposição. 


São poucos os heróis que percebem que os erros são provenientes de ambos os lados e que enquanto esse embate não acaba, São Domingos se afunda e a sua população não acorda. 


Tem gente que a situação está bacana… tem gente que diz que está até bom… Mas quem mora na cidade sabe que a maioria dos que defendem o caos tem um privilégio ali…

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