Goiás tem salto de 14% no consumo residencial e quebra recorde em outubro

Aumento no uso de ar-condicionado, junto à bandeira tarifária vermelha no segundo semestre, impactou na conta de energia; Equatorial reforça dicas para economizar

O já conhecido calor de outubro em Goiás veio ainda mais intenso este ano e impactou diretamente o consumo de energia elétrica.

A classe residencial registrou o maior aumento da série histórica: alta de 14% em relação ao mês anterior, atingindo média de 240 kWh por unidade consumidora – superando o recorde anterior, registrado em outubro de 2024, que foi de 239 kWh.

Altas temperaturas explicam o aumento

Outubro de 2025 foi marcado por uma onda de calor intensa em Goiás, com termômetros se aproximando dos 40 °C em diversas regiões e umidade relativa do ar em níveis críticos, segundo o Climatempo e o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo).

A condição climática ampliou o uso de equipamentos de refrigeração em residências e comércios, como ar-condicionado, ventiladores e freezers, pressionando a demanda nas horas mais quentes do dia.

“Esse cenário eleva diretamente o consumo de energia, pois percebemos um uso muito maior dos equipamentos de refrigeração. Isso muda o comportamento dos consumidores, que passam a acionar com mais frequência ar-condicionado e aparelhos que mantêm alimentos e bebidas resfriados”, destaca o executivo de Faturamento da Equatorial Goiás, Marcos Aurélio Silva.

Além do calor, a bandeira tarifária também contribuiu para a elevação das faturas. Em outubro, por determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), vigorou a bandeira vermelha patamar 1 – cobrança que permanece em novembro.

O adicional representa R$ 4,46 a mais a cada 100 kWh consumidos, reflexo do período de estiagem, do baixo nível dos reservatórios e da maior necessidade de acionamento de termelétricas.

Com a proximidade das férias e o aumento natural do uso da energia, a Equatorial Goiás reforça ao consumidor a importância do consumo consciente.

Equipamentos como geladeiras, freezers e bebedouros trabalham com maior intensidade em dias muito quentes, demandando mais energia para manter a refrigeração ideal – comportamento que pode elevar significativamente o valor da conta.

O executivo lembra que pequenas medidas ajudam a evitar desperdícios. “Ajustar o chuveiro para a modalidade verão, evitar abrir a geladeira repetidas vezes e conferir se a borracha ainda está em uso, usar o ar-condicionado nas temperaturas entre 23º e 24º graus, manter a instalação elétrica da residência em bom estado fazem diferença ao final do mês.

Fios antigos ou mal-conservados podem elevar o consumo e até representar risco à segurança”, orienta Marcos Aurélio.

Dicas essenciais para economizar:

•           Ferro de passar: Utilize o equipamento quando houver uma quantidade maior de roupas e nunca o deixe ligado sem necessidade.

•           Máquina de lavar: Lave sempre a capacidade máxima indicada pelo fabricante e mantenha o filtro limpo para garantir melhor desempenho.

•           Ar-condicionado: Dê preferência a modelos com Selo Procel de Economia de Energia, que garantem maior eficiência.

•           Ventiladores: Opte por aparelhos mais econômicos e adequados ao tamanho do ambiente.

•           Lâmpadas: Utilize lâmpadas de LED, que são mais eficientes. Evite acendê-las durante o dia e aproveite ao máximo a iluminação natural.

•           Chuveiro: Sempre que possível, mantenha a chave na posição “verão”, que pode reduzir o consumo em até 30%. Feche a torneira ao se ensaboar

•           Geladeira: Evite abrir a porta com frequência e mantenha a borracha de vedação em bom estado para evitar desperdício.

•           Adegas e cervejeiras: Evite abrir repetidamente esses equipamentos, pois a entrada de ar quente exige mais energia para retornar à temperatura programada.

•           Freezer: Limpe regularmente a grade traseira, pois o acúmulo de poeira e gordura dificulta a troca térmica e aumenta o consumo. Faça a limpeza sempre com o equipamento desligado e seguindo as orientações do fabricante.