De advogada a estrela internacional: quem é Ivy Mena, eleita a influenciadora 60+ mais bonita do mundo

A gaúcha Ivy Mena, 60 anos, ganhou destaque internacional ao ser apontada pela Playboy da África do Sul como a criadora de conteúdo mais bonita do mundo na faixa etária acima dos 60.

A escolha foi anunciada pela própria revista em suas redes sociais, após um processo de seleção que avaliou perfis de mulheres maduras em diversos países.

Segundo a publicação, a equipe realizou uma busca global em plataformas digitais até chegar ao nome da brasileira. No anúncio, Ivy é descrita como uma mulher de “beleza atemporal”, marcada por confiança e presença marcante — características que, de acordo com a revista, reforçam a ideia de que padrões estéticos não se limitam à idade.

A trajetória de Ivy, no entanto, começou longe do universo das redes sociais. Antes de se dedicar à criação de conteúdo, ela atuou como advogada na Vara de Família e exerceu funções de gerência no setor privado. Em casa, somava todas as demandas da vida doméstica e familiar, o que ela define como uma “tripla jornada”.

“Eu vivia sob uma carga enorme, tanto profissional quanto dentro de casa”, disse Ivy em entrevista ao jornal O Globo. Ela lembra também que enfrentou comentários preconceituosos relacionados à idade, mas afirma que, com o tempo, aprendeu a não se deixar atingir: “Eu foco no que é positivo”.

Com o crescimento da visibilidade, Ivy passou a receber mensagens de mulheres maduras curiosas sobre sua rotina de autocuidado. Muitas questionam se ela realizou procedimentos estéticos, o que ela nega. A criadora conta que sempre adotou cuidados simples, compatíveis com seu orçamento.

“Eu fazia exercícios em casa, cuidava da alimentação e usava cremes básicos. Funcionou para mim”, afirma. Para ela, o bem-estar emocional é determinante: “A mente calma transforma tudo; a autoestima nasce aí”.

Ivy acredita que o esgotamento acumulado ao longo dos anos foi decisivo para sua mudança de rumo. A pressão constante no trabalho e a carga doméstica, segundo ela, tornaram-se insustentáveis. A transição para o digital, relata, trouxe equilíbrio: “Consegui organizar minha vida de um jeito que nunca tinha sido possível”.

Hoje, ela encara essa virada como um gesto de liberdade. Para Ivy, romper com a rotina anterior significou reencontrar autonomia e qualidade de vida. “Podemos recomeçar em qualquer momento, sem nos limitar às expectativas dos outros”, afirma.